Reginaldo de Oliveira
Publicado no Jornal do Commercio dia 29 / 10 / 2019 - A378
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O julgamento do STF sobre a prisão em segunda instância está sacudindo o país e inflamando a revolta dum povo saturado pela roubalheira dos agentes públicos. Apesar do adiamento da decisão final o resultado é previsível, uma vez que o lado negro da força, além de constituir maioria, se bandeou despudoradamente para os interesses da bandidagem. O que está em jogo nesse momento é a pujança da indústria judicial, que movimenta cifras astronômicas em meio ao caótico ambiente legal e ao absoluto estado de insegurança jurídica instalada no Brasil. Com a prisão somente após trânsito em julgado, os ladrões do dinheiro público continuarão tufando os bolsos das grandes firmas advocatícias com protelações infinitas. Pra se ter ideia da nossa propositada bagunça judicial, o ex-senador Luiz Estevão apresentou 34 recursos aos tribunais superiores que o manteve longe da cadeia, mesmo após diversas condenações. Por conta da pressão da mídia e de outras pessoas de bem, a prisão foi decretada horas antes da prescrição dos crimes. Claro, obvio, tantos recursos fizeram a alegria de advogados que ganharam milhões com tantas manobras protelatórias. Deus sabe os esquemas e os interesses existentes por trás desse movimento do STF. As divindades máximas da alta corte estão acima do bem e do mal; totalmente imunes a qualquer tipo de investigação ou punição, já que guardam toneladas de processos pendentes contra seus únicos predadores potenciais (os senadores). Nesse jogo da chantagem explícita, instalou-se uma espécie de poder absoluto que vem já de bom tempo perpetrando uma onda de barbaridades via decisões polêmicas de libertar os mais perigosos e sangrentos criminosos de que se tem notícia. O STF se transformou num abrigo de facínoras ricos e poderosos.
É revoltante e
desanimador saber que aquele dinheiro que você paga de notificações ICMS vai
para o bolso do corrupto. É perturbador saber que tanto sacrifício para manter
o negócio funcionando serve unicamente para garantir o luxo dos agentes
públicos que além de roubarem muito, ganham salários pornográficos e
aposentadorias astronômicas. Ninguém está livre dos impostos. Qualquer pessoa
que compre qualquer coisa é um pagador de impostos, uma vez que as taxações são
ardilosamente escondidas no preço de modo que o povão não saiba o tamanho da
facada. A Sefaz, por exemplo, é especialista em quebrar empresas e arrancar
patrimônios dos empresários com seus autos de infração. A faca pressionada na
garganta do contribuinte se chama legalidade. Daí, que o dinheiro arrancado do
bolso de quem trabalha é depois entregue para os ladrões do colarinho branco,
sobrando uma ninharia para saúde, educação, segurança etc. As empresas
quebradas pela Sefaz joga na rua meio mundo de desempregados que acabam indo
para o tráfico de drogas (que não paga imposto). Curta e siga @doutorimposto
O julgamento do STF sobre a prisão em segunda instância está sacudindo o país e inflamando a revolta dum povo saturado pela roubalheira dos agentes públicos. Apesar do adiamento da decisão final o resultado é previsível, uma vez que o lado negro da força, além de constituir maioria, se bandeou despudoradamente para os interesses da bandidagem. O que está em jogo nesse momento é a pujança da indústria judicial, que movimenta cifras astronômicas em meio ao caótico ambiente legal e ao absoluto estado de insegurança jurídica instalada no Brasil. Com a prisão somente após trânsito em julgado, os ladrões do dinheiro público continuarão tufando os bolsos das grandes firmas advocatícias com protelações infinitas. Pra se ter ideia da nossa propositada bagunça judicial, o ex-senador Luiz Estevão apresentou 34 recursos aos tribunais superiores que o manteve longe da cadeia, mesmo após diversas condenações. Por conta da pressão da mídia e de outras pessoas de bem, a prisão foi decretada horas antes da prescrição dos crimes. Claro, obvio, tantos recursos fizeram a alegria de advogados que ganharam milhões com tantas manobras protelatórias. Deus sabe os esquemas e os interesses existentes por trás desse movimento do STF. As divindades máximas da alta corte estão acima do bem e do mal; totalmente imunes a qualquer tipo de investigação ou punição, já que guardam toneladas de processos pendentes contra seus únicos predadores potenciais (os senadores). Nesse jogo da chantagem explícita, instalou-se uma espécie de poder absoluto que vem já de bom tempo perpetrando uma onda de barbaridades via decisões polêmicas de libertar os mais perigosos e sangrentos criminosos de que se tem notícia. O STF se transformou num abrigo de facínoras ricos e poderosos.
Logo
após a conclusão da primeira parte do julgamento, os mega super star advogados
fizeram uma festa no STF, sugerindo assim algum tipo de acordo entre colegas do
mundo jurídico. De qualquer forma, o adiamento para novembro serve para medir a
fervura que borbulha no coração duma sociedade assombrada com a possibilidade
de ver todos os criminosos ricos, serem soltos da noite para o dia. Todo mundo
sabe também que após os votos restantes do STF, nunca mais um corrupto rico
será preso. A festa então vai ser total, com gente roubando numa intensidade
frenética. O corrupto sabe que tem que roubar para ele e para o seu advogado.
Isto é, roubo pequeno não vale a pena, já que advogados eficientes são
caríssimos. Os órgãos públicos, que já são entupidos de corruptos, vão se esbaldar
na roubalheira. Os poucos que não roubam, vão aderir ao movimento, não se
salvando uma única alma do inferno criminoso. E com o aumento exponencial da
corrupção na totalidade do universo público, vai ser necessário promover
monumentais aumentos de impostos. Tudo vai aumentar. A gasolina vai aumentar; a
conta da energia também, a despesa do supermercado vai explodir etc. O país vai
mergulhar numa crise tão drástica que a revolta sufocada pelos impostos
explodirá nas ruas dum modo pior que o Chile, Líbano ou Hong Kong. Parece que a
paciência do povo brasileiro vem sendo testada diariamente. Se você conversar
com um venezuelano, ele vai te dizer que seu país quebrou porque o governo por
inteiro se transformou numa organização mafiosa. O Brasil não está longe disso.
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