Reginaldo de Oliveira
Publicado no Jornal O Progresso dia 31 / 10 / 2025 - OP014
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Observar uma grande estrutura nos faz refletir sobre suas fundações, que, obviamente, precisam ser robustas para suportar tanto peso. Essa lógica insofismável cai no vazio das mentes desatentas como fumaça ao vento, criando assim um terreno escorregadio onde muitos tombam solenemente.
O
tradicional enredo do heroico empreendedor mostra um conjunto de forças
desbravadoras que enveredam por caminhos tortuosos, expandindo fronteiras e consolidando
marcas emblemáticas. Mas, lá pelas tantas, surgem rumores de insolvência que
depois são confirmados por notícias sobre decadência e depois o sumiço da
marca.
A
indagação que perturba muita gente é: como assegurar a perenidade da marca? Ou
então, como identificar e neutralizar armadilhas nefastas? Ou melhor ainda, como
se ajustar aos humores do mercado e ao comportamento do ambiente de negócios? E
pra finalizar, como se reinventar todos os dias?
Talvez,
a dificuldade de muitos esteja no apego ao modelo que levou à prosperidade.
Inclusive, esse é o ponto nevrálgico dos conflitos sucessórios, em que o
patriarca rejeita proposições dos herdeiros. E, talvez, a razão do sucesso das
marcas perenes esteja no constante reforço das estruturas que vão se ajustando
ao crescimento das operações. Isso nos remete às palavras de Paulo em 1
Coríntios 13.11, que diz: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia
como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei
com as coisas de menino.”
Tempos
atrás, fiz trabalhos em duas empresas emblemáticas. Uma delas, era bem pequena e
mesmo assim mantinha no seu quadro funcional uma analista que revisava as
movimentações fiscais e financeiras antes de enviar a documentação ao prestador
de serviços contábeis. Por outro lado, a segunda empresa é prestigiada no seu
segmento econômico, mas que, para meu espanto, não tinha nada que se parecesse
com gestão fiscal, mesmo possuindo um quadro administrativo com numerosos funcionários.
Essa empresa optou por entregar tudo para um serviço terceirizado, em que, após
rápidas análises, constatei a existência duma gestão fiscal desastrosa, com
prejuízos financeiros espantosos.
Então,
pra quem não soube trilhar o caminho do crescimento sustentável e que, por isso
mesmo, chegou num ponto de ruptura, o melhor a fazer é contratar os serviços
duma consultoria especializada que seja capaz de colocar o bonde nos trilhos.
Mesmo porque, diversas marcas estampadas em caminhões de entrega ou nas
embalagens de produtos tradicionais, padecem de sérios problemas
administrativos. Curiosamente, um ambiente carregado de energias ruins é
facilmente escaneado por olhos experientes que enxergam sinais importantes de
fragilidades estratégicas. Até mesmo pessoas comuns percebem anomalias sem
entender o motivo. Por isso, os dirigentes empresariais deveriam enxergar o
próprio negócio pelos olhos dum estranho.
Em meio a tantos desalinhamentos, está na gestão
fiscal incompetente a causa de muitas tragédias empresariais, onde comandantes
desatentos ignoram os riscos dos detalhes burocráticos que não recebem o devido
cuidado. Pesa aqui, a falta duma política fiscal direcionada ao mapeamento das
operações que estabeleça procedimentos adequados para cada ocorrência. Esse
dito mapeamento é construído a partir da própria experiência cotidiana, em que
deve pesar, principalmente, decisões administrativas voltadas a questões
normativas inusitadas. A importância da construção desse gerenciamento fiscal
passa ainda pela compreensão do efeito tributário na dinâmica dos negócios, e
também, por mecanismos capazes de resguardar o patrimônio das ações insidiosas
do fisco. E tudo começa pelo conhecimento gerado a partir de muitas análises.
Impressiona, a ojeriza de vários gestores quando o assunto é capacitação
técnica. Pois é. Mas o manauara conhece e admira a Bemol, que é símbolo de
sucesso empresarial. As pessoas que rejeitam treinamento ficam encantadas com a
qualidade do atendimento, a eficiência das operações ou agilidade do pessoal da
entrega, mas não pensam que tudo isso é resultado dum gigantesco programa de capacitação
profissional. Essas pessoas desejam o mesmo sucesso, mas não querem “gastar”
com treinamento. Curta e siga
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